Goslar é uma das cidades mais encantadoras da região de Harz, no coração da Alemanha. Com uma população de aproximadamente 50 mil habitantes, Goslar é um considerada um Patrimônio da UNESCO desde 1992, dada a sua arquitetura imperial e com exemplares únicos do estilo enxaimel.
Sua história milenar remonta a Idade Média, quando o imperador Henrique II, no ano de 1005, deu ordem para o início da construção do Palácio Imperial. Durante os governos dos seus sucessores Henriques III e IV, a cidade tomou forma com a construção do Pflazbezirk e Igreja de São Simão e Judas.
Um fato histórico importante na época foi a Penitência de Canossa, também chamada Caminho a Canossa, que foi a viagem que Henrique IV do Sacro Império Romano-Germânico fez entre Speyer e o Castelo de Canossa, e a espera a que foi sujeitado para conseguir se encontrar com o papa Gregório VII em janeiro de 1077.
A cidade sempre foi muito rica em virtude das reservas naturais de prata. Por incrível que pareça existe uma mina ativa a mais de mil anos na região e que também pode ser visitada.
As formas mais práticas para se chegar em Goslar partindo de Berlim são através dos trens da Deutsch Bahn (DB), carro ou Flixbus (companhia de ônibus). Chegando na cidade, saímos da estação central e nos deparamos com duas estátuas do escultor colombiano Fernando Botero, que foi adquirido pela Fundação Sparkasse.
Passamos pelo centro comercial, que se assemelha muito a estrutura de qualquer outra cidade na Alemanha, e que nos leva direto a praça do mercado, onde encontramos uma belíssima fonte, a igreja do mercado e a Kaiserworth. A primeira fonte foi construída durante o século XII e várias alterações foram feitas durante os séculos, de forma que seu maior símbolo é a águia dourada no topo, que também é símbolo da cidade.
A Kaiserworth foi construída no século XII e alterada durante os séculos seguintes. Sua fachada traz representações mitológicas como a Deusa da Abundância e Hercules. Durante muitos anos o local foi utilizado como casa de comércio e um dos itens decorativos mais curiosos é o Dukatenmännchen, que é uma estátua de um pequeno homem fazendo o número 2. Em baixo dessa estátua ficava amarrado os caloteiros da época, não só humilhados, mas também pelados para que todos vissem.
A Igreja do mercado (Marktskirche) oferece acesso as suas torres, que garantem uma vista espetacular da cidade, mas claro que com o suor de subir bastantes escadas!
Durante todo o passeio é possível ver muitas igrejas católicas, que tinham muito poder na região durante a Idade Média. A cidade chegou a ser apelidada de Roma do Norte durante este período, pois num espaço tão pequeno há 47 igrejas.
Nossa próxima parada é no Brauhaus Goslar, cervejaria que se orgulha de vender a cidade produzida na cidade em uma das casas históricas construída em 1720. Lá provamos a cerveja Gose, que tem uma história milenar original da cidade, que é produzida com água do rio Gose, que é rico em minerais, que deixa a cerveja levemente salgada.
Seguimos nosso tour para a principal atração da cidade, que é o palácio medieval chamado Kaiserpfalz, cujas primeiras fundações datam os anos de 1005-1015. Vários elementos foram adicionados ao projeto original durante os séculos subsequentes, de forma que a fachada do lado oriental foi adicionada entre 1886 e 1887.
Após a proclamação do reinado de Wilhelm I em Versalhes, surgiu a ideia de representar o novo império no palácio através de uma pintura planejada por Hermann Wislicenus, que totalizam 67 cenas nas paredes do Kaiserpfalz. Outra estrutura adicionada ao palácio neste período foi a torre, quando foi definido que um palácio alemão precisa ter uma terra.
Dentro da capela pertencente ao Kaiserpfalz existe o túmulo de Henrique III com os dizeres: Não importa onde eu morra, meu coração sempre pertencerá a Goslar e assim suas palavras se tornaram verdade.
Saindo do castelo, fomos explorar Goslar dos moradores, que é repleta de casinhas de madeira no estilo enxaimel tradicionalmente construídas desta forma entre os anos de 800 e 1800. As principais casas da cidade datam o final do século XV e início do século XVI. Entre as belíssimas ruas encontramos a casa que pertenceu a família Siemens, que foram muito importantes durante a primeira Revolução Industrial, que desenvolveu técnicas para a automação industrial no período.
Recomendamos que destine de 2-3 horas para explorar Goslar e se tiver um tempo adicional, que prove um dos restaurantes locais, que são famosos pela culinária desta região central da Alemanha.
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