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Mulheres da história berlinense: Daisy, a princesa de Pless

Mulheres da história berlinense: Daisy, a princesa de Pless

Nosso segundo post sobre as mulheres importantes da história berlinense conta a história de Daisy, a princesa de Pless, que trabalhou de forma humanitária a favor dos prisioneiros dos campos de concentração da região de Groß-Rosen.

Maria Teresa Olivia Cornwallis-West, ou simplesmente Daisy, nasceu em 28 de junho de 1873 e faleceu em 29 de junho de 1943. Ela era uma princesa galesa do período eduardiano, e membro de uma das famílias mais ricas da Europa na época.

Daisy e seu marido Hans Heinrich XV foram os proprietários de grandes fazendas e minas de carvão na Silésia (agora na Polônia), que trouxe os Hochbergs enorme fortuna. Seu estilo de vida extravagante juntamente com eventos desastrosos e escândalos políticos e familiares foram saborosos bocados para a imprensa internacional.

Ela teve três filhos durante seu casamento com Hans e ao ver as fotos históricas em seu castelo vemos sempre uma harmoniosa relação entre eles e a natureza. Enquanto vivia na região da Silésia, ela também teve uma grande estufa onde tinha uma grande variedade de plantas. Ainda hoje é possível visitá-la em um ticket combo com o palácio.

Após o divórcio em Berlim, em 12 de dezembro de 1922, ela publicou uma série de memórias em inglês que foram amplamente lidas no Reino Unido, nos Estados Unidos e, no idioma alemão, na Europa Continental.

Hans Heinrich casou-se como sua segunda esposa, em Londres, em 25 de janeiro de 1925, Clotilde de Silva e González de Candamo (1898–1978). Esse casamento produziu dois filhos e foi anulado em 1934. Posteriormente, Clotilde se casou com seu enteado, Bolko (filho mais novo de Daisy), e foi mãe dos únicos netos de Daisy e Hans Heinrich.

Toda a propriedade da família von Pless foi expropriada em 1939. Ela teve que sair do castelo em 1940, quando a área de atuação do governo nazista foi expandida até lá (projeto Riese). Daisy von Pless, também se rebelou contra o regime de Hitler, trabalhando para instituições de caridade que ajudavam prisioneiros no campo de concentração de Groß-Rosen.

Em 1943, sozinha devido a doenças crônicas e isolamento social, ela morreu empobrecida em Waldenburg. Seu caixão foi enterrado novamente em um lugar desconhecido antes da marcha do Exército Vermelho em 1945.

O que chama muito a atenção em Daisy é o seu sorriso constante nas fotos. Sua determinação é notária. Mesmo perdendo tudo, saindo de uma família da nobreza e caindo na pobreza, não deixou que ela contribuísse para ajudar os prisioneiros dos subcampos de concentração.

Não podemos deixar que este sorriso tão alegre nas fotos seja apagados pela tristeza e esquecimento na história. Que nossa princesa de Pless seja sempre lembrada.

Nosso primeiro post foi sobre a artista impressionista Käthe Kollwitz. Se quiser saber mais sobre sua incrível significância na história berlinense, clique aqui.

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