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O Portão de Brandemburgo

O Portão de Brandemburgo é, sem dúvidas, um dos maiores símbolos da Alemanha. Sua origem vem do século XVIII, quando este era uma das portas de acesso à cidade de Berlim, que na época era protegida por antigas muralhas. O Portão em estilo neoclássico sobreviveu à duas Guerras Mundiais, além de ter pertencido à uma “zona morta” por décadas durante a Guerra Fria.

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Sua história remonta ao reinado do rei Friederich Wilhelm II, da Prússia, que ordenou a construção do portão como sinal de paz. O projeto foi coordenado pelo arquiteto Carl Gotthard Langhans entre 1788 e 1791, inspirado no Propylaeum, a entrada da Acrópolis em Atenas, na Grécia. O Portão de Brandemburgo não era o único, pois ainda existiam mais 17 outros portões que davam acesso à Berlim da época.

A estrutura do Portão de Brandemburgo é basicamente formada por 12 colunas em estilo dórico, seis de cada lado, o que forma 5 acessos para os pedestres. No topo da estrutura encontra-se a Quadriga, no qual Irene, a deusa grega que simboliza a paz, conduz a biga com seus quatro cavalos. Esta obra em bronze completa a beleza deste projeto centenário.

Uma história curiosa sobre a Quadriga ocorreu durante as Guerras Napoleônicas, que depois da batalha de Jena-Auerstedt foi levada para Paris como trunfo da vitória francesa. A devolução foi feita em 1814, quando o Império da Prússia ocupou Paris e a trouxe de volta para Berlim. Durante este período, apenas a família real podia passar por baixo do arco central, onde está centralizada a Quadriga.

Quando de volta à Berlim, a Quadriga recebeu uma cruz de ferro, como uma forma de condecoração militar pelo rei Friedrich Wilhelm III, além de uma águia prussiana no topo, simbolizando deste jeito a vitória. Neste mesmo período a praça que o Portão se encontra foi rebatizada de Praça de Paris (Pariser Platz).

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Durante a ascensão nazista, o Portão foi utilizado como um dos símbolos do partido. Depois da Segunda Guerra Mundial, a estrutura permaneceu em pé nos entornos das ruínas da Pariser Platz, em 1945. Apenas uma cabeça de um dos cavalos sobreviveu aos bombardeios que ocorreram na região, sendo esta relíquia guardada no Märkisches Museum.

O acesso a veículos e pedestres era livre até agosto de 1961, quando então começou a ser erguido o muro de Berlim, que impossibilitou o trânsito no local. No período em que o Portão estave sob o domínio soviético, houve uma restauração da Quadriga, a qual foi removida, derretida e refeita para ser colocada no Portão novamente. O fato polêmico da época foi que a Quadriga sempre esteve virada para o lado ocidental em direção ao estado de Brandemburgo, de forma que durante a nova reposição a Quadriga foi colocada virada para o lado oriental, que era o lado socialista. Na época, o governo da Alemanha Oriental (DDR) alegou que a ideia era que a deusa estivesse virada para a cidade de Berlim e não para fora da cidade. Sendo esta uma boa desculpa ou não, a Quadriga está nesta posição até os dias de hoje.

Durante este período da Guerra Fria, o Portão ficou isolado e inacessível e, por aproximadamente 30 anos, apenas os soldados da DDR podiam se aproximar do Portão de Brandemburgo. Ninguém podia visitar este símbolo de Berlim.

Com a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989, o Portão que antes era símbolo de uma Alemanha dividida, tornou-se o símbolo da reunificação do país. Uma das fotos mais icônicas da queda do Muro, são as milhares de pessoas que ficaram nos entornos do Portão e sob o Muro, como uma forma de libertação. É compreensível que este seja um dos maiores símbolos da Alemanha, pois sua história fascinante sempre se atrelou com os grandes acontecimentos do país.

O Portão de Brandemburgo foi restaurado entre 2000 e 2002, pois ainda tinha algumas danificações oriundas da Segunda Guerra Mundial. Hoje em seu estado de conservação impecável, é um dos monumentos mais visitados da Europa! Os grandes festivais como a Festa de Réveillon, Eurocopa, Copa do Mundo, Festa da Reunificação, entre outros, são todos celebrados nos entornos dele.

O endereço do Portão de Brandemburgo é: Pariser Platz – Mitte , 10117 Berlim. O acesso pode ser feitos pela linha do metrô U-Bahn (U55) na estação S + U Brandenburger Tor, pelos trens S-Bahn (S1, S2, S25) na estação S + U Brandenburger Tor e pelos ônibus TXL na parada S + U Brandenburger Tor ou linha 100 na parada Reichstag/Bundestag.

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Você já o visitou? Conte para nós sobre as suas experiências!

12 Comments

  1. Ana Lúcia oliveira disse:

    Simplesmente fantástico.Amei poder ter realizado um sonho de ver de tão perto.Alemanha,país extraordinário,não dá mais vontade de voltar.

  2. ANDREA SILVIA MARQUES disse:

    Meu lugar favorito no mundo , já fui 2 vezes , a primeira dei de cara com a regravação de Stars Wars e ano passo onde tirei fotos lindas que ate no jornal de Berlin saíram…

  3. EDUARDO ANTONIO FERNANDES DA SILVA disse:

    VISITEI A ALEMANHA EM 2007, E CONSIDERO MEU PAÍS QUE EU GOSTARIA DE TER NASCIDO.

  4. Ademir disse:

    VISITEI EM JULHP DE 2017, E FOI SIMPLESMENTE SENSACIONAL!!! UM SONHO REALIZADO, OUTRO SONHO É VOLTAR. UMA CIDADE MAGICA E UM LOCAL MARAVILHOSO E INESQUECIVEL.

  5. George Lima disse:

    Saí à noitr do hotel na Friedrich Strasse e fui em direção ao Portal pela primeira vez. Ia pela calçada que ficava encoberta pelas árvores e, julgando que poderia estar no rumo errado, saí para o meio da rua. Foi quando deparei-me com o Portal, todo iluminado, que já estava bem próximo. Uma emoção singular. Poucas vezes estive tão tocado de estar em um lugar.

  6. Carlos disse:

    Visitei em janeiro de 2017 e vou visitar em julho de 2018….ano esse lugar, é fantástico

  7. Regina disse:

    Um sonho conhecer a Alemanha e sua história maravilhosa. Visitar este simbolo e reconhecer isdo.
    Espero voltar o mis rapido possivel.

  8. Edinor Max Gruber disse:

    Um monumento simbolo de tantas lutas e vitórias, um lugar que já visitei em 1992 e 2018. Seus detalhes relembram a capital da Grande Prússia e hoje Alemanha, um símbolo que representa o povo Alemão. Segue após do portal, uma avenida larga da linda cidade de Berlim, coração da Europa.

  9. Wolga Betina Schossig disse:

    Visitei em maio de 2018 com meu filho que mora em Berlim. Meu avô era alemão e veio ao Brasil em 1924 quando tinha 24 anos e nunca mais voltou a Alemanha. Meu filho tinha feito o caminho contrário também aos 24 anos então a visita a este grande e bonito símbolo da Alemanhã para registrar esta minha primeira visita era inevitável.

  10. Vitor Paulo Scheffel disse:

    A família dos meus descendentes PATERNOS vieram da ALEMANHA em julho de 1824 portanto mais 05 cinco anos vamos estar no BRASIL a 2009 duzentos anos em São Leopoldo RS, já os familiares dos meus descendentes Maternos vieram em 1933 meus netos já são a 9 nona geração no BRASIL, Mato e Morro pelo BRASIL mas o coração sempre bate mais forte quando falamos da nossa pátria mãe ALEMANHA, minha mãe veio com 03 três anos e agora na velhice a cada dois / três anos eu e meus filhos nos cotizamos e mandamos a mãe para ficar pela ALEMANHA uns 90 noventa dias com as primas dela em STUDGART, eu tenho vontade de comprar um apartamento em Munchen para pegar todo o verão / primavera e a OCTOBER BIER FEST, já passei dos setenta e acho que está na hora de curtir a pátria mãe da minha descendência. E o BRASIL ??? Bem o BRASIL eu fiz 64 sessenta e quatro obras e só não estive no Piauí , Maranhão, Acre , Rondônia e Roraima já os demais estados e todos os países da América do Sul conheço a todos.

  11. JOSE CARLOS disse:

    Estive em 1998, lugar simplesmente icônico. Na época estavam em reconstrução nos arredores de Berlin. Valeu muito estar nesse País.

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