Cheguei em Weimar no final da tarde, enquanto os últimos raios de sol davam um tom dourado sobre a praça e os entornos da estação central (Hauptbahnhof). Era uma cena belíssima, a cidade estava em silêncio, as ruas largas e arborizadas, impecavelmente arrumadas. Pude praticamente sentir a poesia que ainda está presente. Weimar reúne arquitetura, arte e muita cultura, e sua essência de cidade do interior realmente me conquistou!
Caminhei até o centro, na Theaterplatz, onde encontram-se as famosas estátuas de Goethe e Schiller, renomados escritores alemães que dispensam maiores comentários. Goethe descreve a cidade da seguinte forma: “Weimar não é uma cidade com um parque, mas um parque com uma cidade”. Realmente tive esta impressão ao passear pelas ruas daqui.
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi a limpeza da cidade, as calçadas amplas e arborizadas, uma perfeição de impressionar mesmo. Não é à toa que a cidade é considerada patrimônio da humanidade da UNESCO.
Durante o período da Guerra Fria, a cidade de Weimar, localizada no estado mais verde da Alemanha, a Turíngia, ficou sob domínio soviético. A cidade sempre recebeu investimentos para manter sua arquitetura e organização em ordem durante todo esse período. No pós-guerra, foram injetados milhões de euros para deixar a cidade impecável e tornar-se uma das capitais da cultura europeia, título que a cidade conquistou em 1999 e toda o perfeccionismo investido ainda é visível.
Apesar de pequena e tranquila, a cidade tem bastantes jovens, principalmente por causa da Universidade Bauhaus, referência de qualidade no ensino de Arquitetura e Urbanismo. A presença dos estudantes de certa forma contrasta com a população local, que tem um número bem elevado de idosos. Weimar conta também com inúmeros museus, o que não é de se estranhar, uma vez que se trata de uma das cidades mais ricas em cultura da Alemanha. O museu do Schiller e o Museu Nacional de Goethe são indispensáveis para os amantes da literatura alemã. O arquivo de Friedrich Nietzsche é altamente recomendável também!
A Igreja de São Pedro e São Paulo vale a pena uma visita também. Nela é possível visitar em seu altar a famosa pintura “Cristo na Cruz” (“Christus am Kreuz”), de Lucas Cranach, iniciada em 1552/1553 pouco antes da sua morte e finalizada por seu filho homônimo, em 1555. Um dos detalhes que da obra é que o sangue jorrado por Jesus Cristo na cruz é o sangue do próprio pintor.
A cidade não é muito grande, então recomendo que faça tudo a pé, pois assim pode observar todos os menores detalhes, que te farão realmente se apaixonar pela cidade. Uma sugestão pessoal minha é ficar sentado na praça tomando um delicioso milk-shake de melão no Eiscafè Venezia!
Outro “must” para quem gosta de carne de porco é a famosa e tradicional linguiça da região, chamada de Thüringer Rostbratwurst, que é vendida em muitos pontos da cidade!
Vou arrumar minhas malas agora, pois meu próximo e último destino dessa viagem é Dresden, cidade considerada por muitos como uma das mais bonita da Alemanha! Será que é verdade? Venha conferir comigo no próximo capítulo do meu diário!
Até lá!
Dimitris.